A vida é estranha e por sermos parte integral dela, nos tornamos bem mais estranhos. Afinal fazemos parte de algo que não podemos explicar e isso nos faz incompletos. Buscando em nosso dom, o de pensar, explica-la criamos regras e padrões.

Sonhos, amor, ideologia tudo não passa de simples pensamentos abstratos jogados em forma de palavras e expressões banhados em pessimismo e otimismo de que podemos alcançar a exatidão de nossos questionamentos ou não.

Assim por mais que tentamos nos apoiar em religião e ciência, acabamos voltando a estaca zero. Talvez seja isso, o zero, o nada a verdadeira e unica explicação. Talvez seja o fato de realmente sermos incapazes de responder e sim de apenas perguntar.

Nós somos a verdadeira arte. O verdadeiro Deus, e de alguma forma temos medo disso. Medo de aceitar. Afinal se um dia soubermos o que somos e o que é a vida podemos perder a dom de pensar e questionar.

Estranho e incompleto é assim que sempre vamos ser. E o grande desafio esta em aceitar isso. Conviver com a surpresa, assim como a morte, que tanto tememos por esconder aquilo que pode ser a resposta que buscamos.

Música, poema, prazer e natureza elementos que estão a nossa frente, nos diz todo santo dia e mostra o que somos e o que podemos fazer, mas não queremos isso, não queremos saber. Apenas desfrutar e questionar.

E nosso escape esta na noite, na bebida, no cigarro, no sexo, na paixão ou em qualquer outra coisa de nossa autoria, que de alguma maneira tenta eufemizar o fato de que somos seres incompletos e incapazes de responder.