Já faz algum tempo que não venho a este lago. Gosto de sentar a sua beira e contempla-lo, as vezes procurar uma pedra e joga-la contra água, tentar faze-la quicar o mais longe possível, mas nem sempre consigo. E ali na sua margem fico hipnotizado pelo movimento de suas águas e pelo barulho das árvores, é quando eu me lembro de tudo aconteceu e o que passa pela minha cabeça parece flutuar no lago.
Então paro e fico assistindo minha própria história aos poucos afundar naquelas águas escuras. Começa a chover, começa com pequenas gotas e vão aumentando, levanto o rosto para o céu e fecho os olhos, como aquilo é bom. Me sinto calmo, leve, em outro lugar bem longe desse mundo.
Contemplar a chuva e sua voz, o grito dos trovões rasgando o céu. Cheguei ao meu paraíso.
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