domingo, 26 de fevereiro de 2012

Sangue frio

Estava frio, ouvia-se o vento gelado soprar por entre as arvores. Mas ele estava determinado, não pretendia desistir, iria até o fim. Caminhando com dificuldade, seguia o rastro de sua presa. Um homem comum ja teria congelado, já teria morrido. Mas o ódio, a tristeza e a sede por vingança o mantinha vivo, o mantinha aquecido. Lobos uivavam, e o acompanhavam. Mas não ousavam intervir, não agora.
Depois de tanto caminhar. Finalmente a neve a sua frente começa avermelhar. Seguiu o rastro de sangue até uma caverna. Entrou, pegou seu machado, acendeu uma tocha. e continuou. De repente um grito ecouou, um grito de dor e horror. Ele correu, correu o maximo que suas pernas poderiam suportar. E os gritos foram diminuindo.Quando finalmente chegou ao seu destino. Lá estava a Besta ajoelhada de frente ao delicado corpo dela estirado em uma pedra. Sem exitar levantou seu machado e com um único golpe, arrancou a cabeça da besta. Ofegante deixou seu machado cair. Pegou o corpo dela nos braços e caminhou para fora daquela caverna. Lagrimas escorriam pelo seu rosto manchado de sangue. Enquanto caminhava amaldiçoava os deuses, amaldiçoava a vida. Sua respiração estava pesada, suas pernas estavam pesadas. Caiu de joelhos, repousou o branco e frio corpo dela sobre a neve, deitou-se a seu lado, abraçou-a e fechou os olhos, estava em paz. Uivos e os lobos finalmente se aproximaram.

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